segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quem tem medo do lobo mau?

Como é de praxe, ainda mais na sociedade brasileira, os movimentos de vanguarda sempre estão intensamente presentes e abraçando com unhas e dentes suas causas. Demonizando qualquer tipo de expressão e pensamento que vão contra seus princípios revolucionários e incontentes, esses movimentos estão em todas as esquinas, assumindo as mais distintas maquiagens.

Achei esse vídeo em um blog intitulado “Mídia...[(Para quem precisa)]” - www.midiaparaquemprecisa.blogspot.com - que faz parte de um grupo chamado SIVUCA, “os sem-mídia contra-atacam”, em que quase todos os blogeiros se destinam a questionar a influencia da mídia em nossas vidas. Na realidade eles não possuem nada de interessante. Talvez o que escape seja o www.sociedadetecnocom.blogspot.com, mesmo assim, permeando entre o levemente mascarado e o verdadeiramente acrescentador. Até pensei que eles debateriam sobre democratização das mídias, desenvolvimento tecnológico, propagação dos meios audiovisuais... Imaginei que “sem-mídia” era para dar idéia de que a evolução das mídias fugiria ao nosso controle e, sendo assim, seriamos “sem-mídia” exatamente por todo o instante estarem nascendo meios novos, ou um mesmo melhorado, de se propagar comunicação. Todavia são blogs com um teor altamente político e pseudo-engajado, reafirmando nossa passividade e impotencia diante dos meios, atribuindo a eles um poder de corrompimento, subversão e banalização.

Na verdade, resolvi escrever sobre esse assunto pela cena que se desenrolou na aula passada, em que a Renatinha (brincando) disse que tinha pena das crianças que não tem infância por que ficam alienadas diante do computador e o Barbato (também brincando) replicou citando a tendência das pessoas a se aprisionarem ao passado e a adquirirem uma nostalgia de um tempo em que as maquinas não dominavam o mundo. Dessa forma, ao assistir esse vídeo e fuxicar an passant os blogs, fui impelida a relembrar essa cena. O questionamento subseqüente e inevitável foi : “porque a internet, a tecnologia e os meios de comunicação assustam tanto? Porque pessoas extremamente inteligentes, diante dessas mídias cada vez mais humanizadas, acabam questionando se realmente não é o fim dos tempos e se deveríamos ser assim, consumidores desenfreados de todo esse turbilhão de bytes e inovações?”

Não pretendo através desse pensamento convergir para a superficialidade de um ideal que prega que devemos aceitar tudo o que acontece, dado que é o destino que nos governa e somos organismos presos a uma evolução inevitável e arrebatadora. Não pretendo também sugerir que aceitemos os fatos tais quais eles se encontram e que consumamos tudo de novo simplesmente porque não temos como escapar disso. Pretendo sim questionar porque em pleno século XXI há tantas pessoas atônitas com o universo virtual. E questionar se talvez não sejam dois simples motivos principais: primeiro a associação que se faz entre tecnologia e guerra, como se toda tecnologia estivesse destinada para a destruição e a dominação do mundo. E segundo pelo pensamento cristão que ainda esta arraigado na mente dos brasileiros, de que os demônios se escondem por trás de todo meio de repressão. E de alguma forma, as mídias são esses meios coercitivos.

Bom, para não estender mais esse lenga-lenga de uma publicitária revoltada, que tem uma aula com um professor comunista que questiona se a publicidade seria algo ético e lícito (e acho que em seu mais profundo ser ele pensa [arf!] que não), deixo a sugestão para que vocês entrem no www.sivuca.com, acessem os blogs sugeridos e escolham no que pensar. Eu continuo com o meu pensamento de que o povo anda muito retrógrado e fatalista... ou sem nada mais importante para fazer...

Um comentário:

Renatinha disse...

post grande ?? sim ! mas com um texto bem escrito e q eu gostei de ter lido! Parabéns, Bibi's ! e obviamente q nao deixaria d comentar já q fui musa inspiradora para o post ! hauhauaha !

entao ... eu nao sou contra internet, todos q me conhecem sabem q passo o dia todo online, numa boa. O q eu disse foi q nao acho legal crianças ficarem o dia todo online, nao sou contra as q ficam, só digo q meus filhos nao vao ficar. se algum dia eu precisar trabalhar para uma empresa voltada para "internet infantil", eu trabalharia numa boa, daria meu melhor, assim como trabalharia para a coca-cola, mesmo nao consumindo o refri.

enfim, chega! hahauahua !

ah! eu sei quem é o prof comunista, la la la !